quinta-feira, 5 de junho de 2008

O primeiro jogo a gente nunca esquece!

uma crônica fictícia simulando o que seria nosso primeiro jogo... o texto é de fevereiro de 2007 e sofreu as alterações adequadas.. Se qlguém quiser publicar algo aqui, manda pra mim ou pro Hugo. Enjoy!

Primeira parte da 7ª entrada, os Antropófagos da FFLCH faziam sua estréia em uma competição oficial. A torcida vibrava loucamente, como se naquele momento todos os temores de suas vidas se tivessem dissipado. O arremesso era tudo que se esperava naquele fim de tarde de domingo. O arremeçador Politécnico, de origem claramente nipônica treinara desde os 2,75 anos de idade, e o lance por vir fora por ele introduzido ao beisebol brasileiro, era único. Ninguém mais era capaz de lançar a pesada esfera a uma velocidade tão grande e com trajeória tão imprecisa. No bastão estava Rodrigo Madrid, o Ovelha. O capacete preto, emprestado do time local, encaixava-se toscamente em sua cabeça. Os longos cabelos saíam pela proteção auricular, atribuindo ao rebatedor fefelechiano uma aparência exdrúxula que beirava o ridículo. Mas sua concentração jamais seria perturbada por mísero detalhe. Esse era seu momento. Um ano e meio lutando para chegar ali, com o uniforme laranja reluzindo a luz natural e esquentando como nunca um material esportivo deveria fazer. E quem se importa? No Bench estavam seus companheiros de equipe, aqueles que treinavam sempre (ou quase) e ja tinham sofrido o OUT, ou aguardavam pelo fim da partida. Aquele que estaria na sequência dos batedores não aquecia, não alongava, não simulava um SWING... Sequer segurava o bastão. Apenas juntava uma toalha e preparava-se para correr ao banho pós-jogo. Durante todo o campeonato, apenas o galáctico Gabriel Cubano acertara uma bola, e foi eliminado num GAYÁ muito bonito. Agora viria o arremesso. O japonês esconde seu punho esquerdo atrás da luva, realiza o plástico movimento que os arremessadores fazem e solta a bolinha, que toma uma velocidade incrível, ganha altura e com um sonoro estalo, morre na luva do receptor. STRIKE 1!Bola devolvida, é preparado um novo lançamento. O taco se move, simulando a rebatida, pra aquecer, dessa vez vai. A torcida temerosa come pipoca e ouve um sonzinho no MP3. O suor na testa é enxugado com a munhequeira, também laranja. Não há ninguém nas bases. A contagem já está em 2 eliminações. Com essa terceira, acaba a entrada e, com ela, a última partida do primeiro torneio disputado por um time de beisebol da FFLCH. Dessa vez, é uma poderosa bola rápida, surpreendentemente resvala no bastão e cai na zona de falta, apesar da tentativa do primeira-base adversário correr sem sucesso atrás da bolinha perdida.STRIKE 2!O arremesso que pode finalizar o jogo começa a ser armado. Essa FOUL BALL não era aguardada e aqueles que antes ouviam música despretensiosamente, agora dormem da mesma maneira. O braço sobe, num leve balanço e dispara o arremesso de forma incrivelmente bela, a boa vai reta, linda, veloz. O bastão inicia seu traçado, descendo o cabo puxado pela mão esquerda, enquanto a direita o direciona, girando na base principal como uma foice num campo de cevada.STRIKE 3, tá FORA!

Um comentário: