sábado, 23 de agosto de 2008

sábado, 16 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

A Batalha de Santo Amaro

Depois de um mês desértico em São Paulo, hoje choveu. Sim, no dia do jogo decisivo para o futuro do beisebol fflchiano, choveu. Contra os Wild Eagles de São José dos Campos, os antropófagos precisariam colocar toda a sua técnica à prova: uma derrota acabaria com as esperanças do time de chegar ao Nacional. O cenário da peleja? O Nikei, em Santo Amaro (vulgo MTO longe...), casa do nosso querido 3ª base Edu.

A viagem em nada foi diferente das anteriores, isto é, estradas de terra que testaram nossos motoristas oficiais Ovelha e Neander. Nessas sinuosas veredas, um fato que fará parte do imaginário da nossa equipe: Xaión, aflito com a demora, interpolou um nativo (que estava a cavalo, diga-se de passagem): “Hey boy, onde é o campo de baseball?”. Dispensa comentários.

Minutos antes da partida veio o almoço. Nada muito pesado: uma suave feijoada com couve e farinha foi servida aos atletas. Destaque para os pratos de Risada, Hugo e Benaque (este último ousou repetir. “É um idiota!” foram as palavras do sábio mestre Ovelha).

O jogo desenhou-se da forma que todos esperavam: um jogo disputado, tenso e, sem dúvida, enlameado. A chuva ia e vinha, sempre na defesa antropófaga, o que testou ainda mais toda a desenvoltura dos atletas.

Depois de muitos altos e baixos, a FFLCH chegou à segunda metade 9ª entrada com 4 corridas de vantagem. Jogo definido? Não quando se trata de FFLCH. Atrás por 3 corridas e com 2 eliminados, os Wild Eagles lotaram as bases e pareciam estar dispostos a jogar areia (ou barro, no caso) no sonho nacional dos antropófagos. O nosso primeiro arremessador Hugo (conhecido também por uma bolada no queixo durante os treinos na praça do relógio), jogando de short-stop no momento, tentou imitar a famosa dança do Xaión e acabou se atrapalhando na defesa. A diferença caia para 2 tentos. Logo após, foi a vez de Tomas tirar a bola para uma valsa e assistir à vantagem cair para 1 mísera corrida.

O cenário era o mais aberto possível: bases lotadas, dois eliminados e dois times sentindo a pressão do momento (sem malícia, por favor...). Veio o arremesso. O som da rebatida ecoou pela floresta que cercava a arena. O tempo parecia estacionado enquanto a bola se dirigia para Tomas. A pelota atingiu a luva do arremessador e, deste, partiu como um projétil para as mãos de Renan, posicionado atrás do home-plate. O estalo da recepção veio como os trompetes que anunciam o retorno do exército vencedor: a FFLCH triunfou! Depois de mais de 4 horas de jogo e muita lama nos uniformes, os antropófagos demonstraram sua fúria e despacharam os Wild Eagles com o bico sob as asas.

Apesar das excepcionais atuações de todos, existiram três destaques incontestáveis:

- O coração do Pândego, que, apesar de uma leve acelerada na 1ª entrada, não traiu nosso querido professor, permitindo que o catcher pudesse viver para testemunhar a primeira vitória do beisebol fflchiano no ano;
- Benaque, o ecano, que conseguiu seu primeiro hit e anotou a corrida que selou o êxito da equipe;
- e, por fim, Risada, que, estimulado pela torcida das meninas de 7 a 11 anos, realizou todas as eliminações da 4ª entrada, incluindo um belo double-play.

Depois desta que ficará conhecida como “A Batalha de Santo Amaro”, a FFLCH pôde saborear a vitória que, no caso, tem um gosto todo especial de assado de galinha caipira (mals Xaión, mas o adjetivo é inerente ao vilarejo de São José dos Campos). Valeu antropófagos! Rumo ao sol de Ibiúna!